O Gave divulgou os resultados dos testes intermédios realizados em 2012. Em termos sintéticos, da leitura dos resultados releva que a maioria dos alunos obtem classificações baixas nas áreas da língua portuguesa e das ciências, no 9º ano no 12º. Acresce que se verifica, de uma forma geral, uma variação negativa face aos resultados de 2009 nas diferentes disciplinas e de 2010 (no que respeita ao português).
Como é evidente, os dados são preocupantes e parecem comprometer a evolução que os resultados dos alunos vinham a evidenciar e referido nos estudos comparativos internacionais como o TIMSS ou o PISA.
Talvez seja prematuro estabeler este tipo de análise, mas temo que se comecem a evidenciar as consequências de alguns dos aspectos das opções seguidas em matéria de política educativa, designadamente, o aumento de alunos por turma e a concentração excessiva de alunos em mega-agrupamentos, o abaixamento drástico do número de professores a inibir dispositivos de apoio às dificuldades, as implicações que as alterações severas no clima das escolas assume na qualidade do trabalho, etc.
Veremos os resultados nos próximos exames nacionais, embora saibamos como a sua gestão pode ser contaminada pelos interesses políticos sempre presentes no universo da educação.
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