sábado, 23 de fevereiro de 2013

FALHAMOS MAS NÃO MUDAMOS

O Ministro da Economia, o Álvaro, reconhece o óbvio, o Governo não consegue combater o desemprego. É importante este reconhecimento que cerca de um milhão e meio de portugueses já percebem diariamente.
O Ministro afirmou ainda que o Governo também tem um problema de comunicação das medidas. Esta ideia, defendida por alguns "analistas" e politólogos, parece-me muito interessante e parece significar que as medidas ineficazes, se fossem "bem comunicadas" passavam a ser boas ideias e, portanto, eficazes, algo pouco plausível.
No entanto, o que me parece preocupante é que apesar do reconhecimento do falhanço assumido pelo Ministro da Economia, repito, o Ministro da Economia, um desajeitado político, nada permite pensar que se verifique alguma inflexão nas políticas definidas por Vítor Gaspar. A praxis e os discursos levam a esperar a tragédia da persistência num caminho que ameaça a dignidade e as condições de vida de milhões de portugueses, com especial incidência nos grupos mais vulneráveis.
Às vezes, ainda acho que a ética e a seriedade intelectual e política deveriam levar a que quando falhamos nas tarefas ou objectivos a que nos propomos, seria razoável esperar mudanças ou, no limite, o reconhecimento da incapacidade de fazer diferente e, portanto, a demissão. Mas para isso é necessário um padrão ético e político que está em vias de extinção.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não é função do Governo criar empregos. Quanto muito, o Governo pode criar condições para fomentar o emprego levado a cabo pela iniciativa privada.
Em tempos de vacas magras não se espera que o emprego aumente. Todos sabíamos que com a entrada da troika o desemprego iria aumentar. O que se espera é que a economia recupere para então fazer frente ao desemprego.
Resta saber quando é que batemos, de vez, no fundo...