O abutre António Borges, para além da genialidade que lhe
tem garantido uma carreira como boy dos mercados, desempenha o seu papel de
ministro sombra, consultor, assessor, conselheiro, ou lá que é, deste Governo
de uma forma extraordinariamente coerente e, como seria de esperar, com uma
inteligência e sensibilidade geniais, ou seja, sempre que fala, sai insulto ou
asneira, invariavelmente.
Estarão lembrados, por exemplo, dos ignorantes empresários
que estavam contra o aumento da TSU, das afirmações sobre os cortes de
salários, sobre a concessão da RTP, etc., etc..
Vem agora este abutre referir que o anunciado corte de 4 000
milhões nas contas do estado que se reflectirá sobretudo nas áreas da saúde,
educação e apoios sociais é uma “questão acessória”, o importante é reformar.
Sabemos todos da importância e necessidade de ajustamentos
nas despesas, na boa administração dos recursos e no combate aos desperdícios
nos gastos do Estado, mas no léxico desta gente, reformar, refundar ou outra
qualquer palavra significa combater o lado social do estado, privatizar tudo o
que possa ser privatizado, e tudo poderá sê-lo. Depois trata-se de uma questão
de combate pela sobrevivência em que apenas os mais aptos se manterão à
superfície, vivos, por assim dizer.
Neste modelo não cabem fracassados, os pobres são pobres por
preguiça, incompetência, ou, porque não, projecto de vida. A exclusão e a
pobreza são “produtos” naturais dos “mercados” abertos. É a economia a
funcionar, do lado certo, é claro.
Não merecemos tal gente.
1 comentário:
O Borgiano saíu do FMI porquê?. Alguém me esclarece? É que este sr. com o seu discurso tão mau, só deixa o povo de boca aberta.Para quando a saída deste fulano'
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