domingo, 17 de novembro de 2013

EXISTE (TEM QUE EXISTIR) POLÍTICA PARA ALÉM DOS PARTIDOS

No quadro actual da organização do envolvimento político dos portugueses, fundamentalmente através dos aparelhos partidários cuja praxis e discurso criaram um partidocracia que minou a confiança e tem provocado o afastamento dos cidadãos, percebem-se as iniciativas que visam a mudança.
É nesta lógica que me parece enquadrar-se a criação de mais um partido, o Livre, da iniciativa de Rui Tavares e que pretende congregar os "descontentes" da esquerda que, diz Rui Tavares, não se revêem no actual quadro partidário.
Temo que a criação de partidos no contexto actual, apesar da intenção, não tenham capacidade nem força para alterar a partidocracia, é preciso reclamar e aceder a outras formas de organização cívica e política que não os aparelhos partidários. A história mostra que os partidos fora do espectro mais "estável" das últimas décadas, por assim dizer, ou foram "absorvidos" integrando-se no sistema, ou têm expressão pouco significativa ou desparecem de "morte morrida".
Creio que o descontentamento e desconfiança de muitos dos cidadãos, traduzidos em percentagens de abstenção acima dos 50%, mostram que importa pensar numa participação política para lá dos partidos, várias manifestações com grande mobilização que escaparam à lógica da partidocracia, bem como iniciativas de grupos de cidadãos mobilizados por causas, dão sinais nesse sentido.
Existe, tem que existir política para além dos partidos, que se reformam ou tenderão a implodir com riscos para própria demcracia cuja saúde já está debilitada.
De qualquer forma, como se diz no Meu Alentejo, deixe lá ver.

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Em Portugal existe o cenário perfeito para surgir novos partidos com rápida e perigosa ascensão.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido por Partido Nazista apareceu exactamente em condições semelhantes hás que existem em Portugal, ou seja, enorme desemprego, produção em queda e a população a viver na miséria.
Penso que os portugueses não necessitam de novos partidos, mas sim de MOVIMENTOS CÍVICOS que obriguem os partidos existentes a olharem para fora e esquecerem-se que a PARTIDOCRACIA não é a forma mais adequada de governar um povo.

A idealogia neonazista pode ser considerada uma espécie de resgate do nazismo para a actualidade e é em terra dos descontentes que a semente é lançada.

ATENÇÃO!!!

ESTOU A FALAR EM ABSTACTO!


VIVA!