No quadro actual da organização do
envolvimento político dos portugueses, fundamentalmente através dos aparelhos
partidários cuja praxis e discurso criaram um partidocracia que minou a
confiança e tem provocado o afastamento dos cidadãos, percebem-se as
iniciativas que visam a mudança.
É nesta lógica que me parece
enquadrar-se a criação de mais um partido, o Livre, da iniciativa de Rui Tavares
e que pretende congregar os "descontentes" da esquerda que, diz Rui
Tavares, não se revêem no actual quadro partidário.
Temo que a criação de partidos no
contexto actual, apesar da intenção, não tenham capacidade nem força para
alterar a partidocracia, é preciso reclamar e aceder a outras formas de
organização cívica e política que não os aparelhos partidários. A história
mostra que os partidos fora do espectro mais "estável" das últimas
décadas, por assim dizer, ou foram "absorvidos" integrando-se no
sistema, ou têm expressão pouco significativa ou desparecem de "morte
morrida".
Creio que o descontentamento e
desconfiança de muitos dos cidadãos, traduzidos em percentagens de abstenção
acima dos 50%, mostram que importa pensar numa participação política para lá
dos partidos, várias manifestações com grande mobilização que escaparam à
lógica da partidocracia, bem como iniciativas de grupos de cidadãos mobilizados por causas, dão sinais nesse sentido.
Existe, tem que existir política
para além dos partidos, que se reformam ou tenderão a implodir com riscos para própria demcracia cuja saúde já está debilitada.
De qualquer forma, como se diz no Meu Alentejo, deixe lá ver.
De qualquer forma, como se diz no Meu Alentejo, deixe lá ver.
1 comentário:
Em Portugal existe o cenário perfeito para surgir novos partidos com rápida e perigosa ascensão.
O Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido por Partido Nazista apareceu exactamente em condições semelhantes hás que existem em Portugal, ou seja, enorme desemprego, produção em queda e a população a viver na miséria.
Penso que os portugueses não necessitam de novos partidos, mas sim de MOVIMENTOS CÍVICOS que obriguem os partidos existentes a olharem para fora e esquecerem-se que a PARTIDOCRACIA não é a forma mais adequada de governar um povo.
A idealogia neonazista pode ser considerada uma espécie de resgate do nazismo para a actualidade e é em terra dos descontentes que a semente é lançada.
ATENÇÃO!!!
ESTOU A FALAR EM ABSTACTO!
VIVA!
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