A este propósito, o Professor Joaquim de Azevedo afirmava há um ano que é necessário contrariar a cultura de apoiar sobretudo as escolas com melhores resultados e encontrar formas de apoio e responsabilização para as escolas com alunos com piores resultados. Relembro, por exemplo, que o MEC definiu como critério de atribuição do crédito de horas para programas de apoio aos alunos, entre outras iniciativas, os resultados dos alunos ou seja, as melhores escolas terão mais horas para apoios e as que mais precisariam são justamente as que menos terão.
É certo que importa discriminar positivamente e incentivar o bom desempenho, mas é grave não criar dispositivos de melhoria do trabalho de alunos e professores. E tanto mais relevante o será quanto menor é a qualidade de vida social, económica e cultural das populações, comprometendo de forma inaceitável princípios de equidade. Apesar de sublinhar a fortíssima importância da análise do desempenho escolar a elaboração dos rankings serve sobretudo para alimentar uma obsessão com resultados e um equívoco sobre a promoção da excelência e do rigor.
(Excerto de um texto colocado no Público on-line no suplemento dedicado aos kankings)
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