Um dia, o Professor Velho, o que
está na biblioteca e fala com os livros, viu entrar o Manel, um rapaz lá da
escola. Estranhou a hora e ficou a olhar. O Manel foi buscar um livro à estante
das histórias e sentou-se a ler. O Professor Velho observava, o Manel parecia
ler um bocado, parava, ficava como que a pensar, às vezes ria-se, voltava à
leitura, voltava a parar um bocado a pensar e assim esteve bastante tempo.
Quando estava para sair, o
Professor Velho interrogou-o sobre a sua forma de estar na biblioteca. O miúdo,
surpreendido com a questão, ouviu-se um bocado e explicou.
“Sabes Velho, eu acho que as
pessoas que escrevem histórias nunca escrevem a história toda. Por isso, eu
leio a parte que está escrita e fico a pensar no resto da história que a pessoa
não contou. Às vezes, são partes engraçadas e então dá-me vontade de rir.”
“Tens razão Manel, quem conta
uma história nunca a conta todinha, para que, quem a ouve também possa entrar
na história. Olha lá, porque é que estiveste este tempo todo na biblioteca a esta
hora?”
“Estive de castigo, Velho. A
Professora diz que estou sempre distraído”.
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