Um jovem de Viana do Castelo a cumprir o sonho de estudar guitarra clássica numa boa escola em Londres vê comprometida a continuidade da sua formação, apesar do empenho e do reconhecido talento, pois o desemprego do pai, funcionário dos Estaleiros de Viana, impossibilita os encargos com a formação.
Dramaticamente, é apenas mais uma história de sonhos adiados na geração mais novos.
No entanto este jovem escolheu de forma pouco acertada o seu projecto de vida.
Seria muito mais avisado empregar o talento que lhe é atribuído na construção de um outro trajecto.
Em primeiro lugar desde cedo deveria proceder à inscrição numa jota partidária, dos partids com acesso ao poder, evidentemente. Com as capacidades que revela e o seu empenho a ascensão seria tranquila e um lugarzinho num qualquer gabinete da administração estaria à sua espera.
Depois, em vez de ter a veleidade de fazer a sua formação numa prestigiada escola inglesa, seria muito mais económico frequentar as universidades de Verão das jotas. Os contactos e a demonstração de competências e capacidades contribuiriam para um futuro mais risonho.
Escolher formação em música também não é, actualmente, a escolha acertada. Não ouviu o Ministro Pires de Lima e o Primeiro-ministro, o conhecimento útil é o que serve para aplicar nas empresas em serviços e produtos. A música não dá de comer a ninguém, não serve para nada, é um desperdício.
Finalmente, adquirir através dos contactos certos com as pessoas certas as competências para o alpinismo.
O futuro estaria garantido.
Assim, corre o risco de engrossar a geração perdida.
PS - Não desistas, Fábio.
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