Era uma vez uma Professora que
andava com umas dúvidas sérias. Ela achava que os seus alunos trabalhavam
melhor e sentiam-se também melhor quando, por períodos grandes, falavam nas
aulas. Tinha lido algumas coisas que lhe pareciam interessantes sobre estas matérias, pelo que organizava debates e muitos
trabalhos realizados em grupo e com grandes discussões entre os alunos.
Esta ideia não ia muito ao
encontro da sua experiência de pequena e de alguma da formação que lhe deram.
Por outro lado, parte significativa dos seus colegas criticavam porque, diziam,
fomentava maus hábitos nos alunos e levava a que os alunos deles lhes
levantassem problemas porque queriam falar. Além disso, na comunicação social,
apareciam uns opinadores, vários, a
afirmar que, na escola, o trabalho dos meninos é ouvir o professor e estudar,
de preferência calados. É assim que se aprende, dizem essas pessoas. Tudo isto
lhe causava dúvidas sobre o que estava fazer.
Um dia, na biblioteca, encontrou
o Professor Velho, o que fala com os livros, e, em jeito de desabafo, comentou
as sua inquietações e a dificuldade em explicar a ideia que acreditava ser
certa. O Professor Velho riu-se e falou daquele modo baixinho.
Professora, é
engraçada essa questão. Que costumam dizer muitos pais quando percebem os seus
filhos muito tempo quietos e calados?
Ora Velho não brinques. Os
pais costumam dizer que, ou estão doentes, ou estão a fazer asneira, ou já
fizeram asneira”.
Pois é Professora, pergunta
aos teus colegas se querem os alunos doentes ou a fazer asneira.
É mesmo Velho, acho mesmo que estou certa, vou falar com os alunos sobre isto.
É mesmo Velho, acho mesmo que estou certa, vou falar com os alunos sobre isto.
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