Nada de novo. Como refere o Público, o MEC volta a
alterar as regras de realização dos exames nacionais do ensino secundário que
envolvem os alunos dos cursos profissionais e do ensino artístico que não
cumprirão os procedimentos o que entretanto o MEC tinha definido. Assim, no ano
em curso, os alunos do ensino profissional e dos cursos artísticos
especializados que finalizem os respectivos cursos e pretendam ingressar no
ensino superior apenas realizarão um exame nacional a Português e as provas
específicas que os estabelecimentos de ensino superior a que se candidatem
possa estabelecer.
Considero absolutamente natural que ao tomar
decisões que não se revelam as mais adequadas, exista a inteligência, a
responsabilidade e a sensibilidade para mudar de posição, corrigindo decisões
ou procedimentos. Sublinho que isto deve ser encarado com normalidade e não
como fruto da crítica ou combate embora, quase sempre, a crítica e o combate se
tornem necessários para promover mudança.
O que já tenho mais dificuldade em compreender é a
deriva e ligeireza com que um Ministério liderado por um homem que faz do
rigor, da qualidade e da excelência, o farol da sua actuação, se envolve em
sucessivas trapalhadas, avanços e recuos, confusão de processos e orientações
de que esta questão é apenas mais um exemplo e nem sequer o mais grave.
Não, definitivamente este tempo na educação não tem
nada a ver com tranquilidade e normalidade. A não ser que, dramaticamente, tudo
o que temos vindo a assistir seja a normalidade.
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