O Relatório da Direcção-Geral de
Estatísticas da Educação e Ciência agora conhecido mostra a a análise de
impacto dos artigos científicos produzidos em Portugal.
O resultado mostra que na
generalidade das áreas científicas consideradas os indicadores de impacto são baixos
comparados com a média europeia. Tal constatação servirá, de forma muito oportuna, para o
Primeiro-ministro reforçar o seu discurso sobre a pouca relevância da produção
científica portuguesa. Não estranharei.
Não sendo uma pessoa desconfiada, certamente porque não era esse o
objectivo do Relatório, não se refere que o investimento médio europeu em
ciência, dados de 2012, é de 461 euros por habitante e em Portugal foi de 262,8, pouco mais
de metade. Parece, no entanto, um dado a ter em conta.
A velha história dos ovos e das
omeletas.
Já que se trata de um estudo de
impacto, aguardemos a análise dos efeitos da negrura crática que se abateu em
2013/2014 sobre a ciência e a investigação em Portugal, com um desinvestimento significativo
e cortes em bolsas de doutoramento e pós-doutoramento, levando ao abandono e a
dificuldades em muitos programas e estruturas de investigação.
Um oportuníssimo relatório, na verdade.
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