terça-feira, 7 de abril de 2015

NOTÍCIAS DA FCT

Miguel Seabra demitiu-se da presidência da Fundação para Ciência e Tecnologia alegando razões pessoais. Como é habitual entre nós, quando alguém se demite de funções públicas envolto em algum tipo de polémica, a razão é, claro, razões pessoais, uma justificação que serve para tudo e mais alguma coisa, até para ... razões pessoais.
Também é claro que a mudança de caras raramente significa mudança de políticas.
Ninguém espera que se verifiquem alterações significativas no que tem sido a negrura crática que se abateu sobre a investigação científica em Portugal, seria esperar demais.
Nuno Crato, apesar do seu prudente resguardo é, evidentemente, o grande responsável político mas Miguel Seabra ficará ligado à inviabilização de metade das estruturas de investigação em Portugal através de um processo de avaliação controverso, incompetente com regras alteradas ou desconhecidas, com processo ainda em tribunal e com resultados finais de recursos por conhecer. O Público contabiliza sete alterações importantes incluindo a divulgada hoje de cortar financiamento aos centros que passaram à segunda fase de avaliação  e que estavam previstos no Programa de financiamento.
Na verdade, o consulado de Miguel Seabra à frente da FCT foi para esquecer ou, pelas mesmas (más) razões, para recordar.
Faz-me lembrar uma afirmação muito conhecida aqui em casa habitual no Velho Tio Matosa que quando se despedia de algum visitante pouco recomendável dizia, "olha podes ir embora e leva muitas saudades que é coisa que cá não deixas".
O Velho Tio Matosa era um cromo.

1 comentário:

Anónimo disse...

Empresas acusadas de cartel ganham contratos nas cantinas do Estado

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/jn_empresas_acusadas_de_cartel_ganham_contratos_nas_cantinas_do_estado.html

E Asssim vão os negócios na área da Saúde/Educação.
Cumprimentos
Pedro.