O Ministro Nuno Crato não pára de
me, nos, surpreender. Em entrevista à RTP elogiou o trabalho de reitores e
presidentes dos politécnicos afirmando que as instituições de ensino superior
estão a funcionar melhor apesar dos cortes orçamentais de 20% nos últimos anos.
Citando do Expresso, ""O
que é extraordinário é que as universidades, os diretores das instituições, os
reitores, os investigadores, os professores conseguiram, apesar disto acontecer
[cortes] que as universidades funcionassem melhor que tivessem mais receitas
próprias, que tivessem mais projetos de investigação".
Não vale a pena retomar as
afirmações sobre as dificuldades que as instituições estão a conhecer e o
impacto negativo fortíssimo na investigação e produção científica dos cortes
nos orçamentos do sector. O Ministro vai negar a realidade, como sempre.
Lembrei-me apenas da velha e conhecidíssima
história do burro do Inglês. O Inglês dono do burro, para poupar, foi dando cada vez menos
comer ao burro até que este se finou.
Pensou o Inglês, "agora que o burro já conseguia estar sem comer é que
morreu".
Haja alguém que rapidamente conte
ao Ministro Nuno Crato esta história.
Há palavras e discursos que não
se podem produzir, por gente intelectualmente séria, evidentemente.
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