"Ministra das Finanças pede “mais eficiência” ao ensino superior"
A Ministra das Finanças desenvolveu
uma lição magistral na Universidade de Verão do PSD, umas das mais prestigiadas
Universidades do nosso sistema, muitíssimo bem colocada nos rankings de
produção e difusão de conhecimento científico em aparelhismo, alpinismo político e gestão
de carreiras.
Disse a Ministra que ao Ensino
Superior "é pedido que sejam mais eficientes, que consigam produzir mais e
melhores resultados com recursos mais reduzidos que obrigam também a uma melhor
gestão".
A Ministra afirmou ainda numa
análise de extraordinária pertinência e sustentada por décadas de investigação
financiada e reconhecida, que o ensino superior, sendo superior e envolvendo as
elites, tem uma responsabilidade acrescida, "devem ser os primeiros a
compreender as dificuldades e a estar do lado de quem as quer resolver". O
modelo teórico desenvolvido pela Ministra é notável. Aos pobres e pouco qualificados ainda se pode desculpar que não entendam o empobrecimento a que têm
estado sujeitos, são pobres, burros e mal agradecidos. Está-se a criar pobreza e exclusão em nome de um futuro que não se vislumbra e eles não compreendem. Mas entende-se, decorre da sua incapacidade e ignorância, não fazem parte da nata.
É que as elites não têm justificação
para não compreender como desinvestir em educação, desinvestir no ensino
superior e na investigação liquidando o futuro a milhares de jovens
investigadores e a muitos centros de investigação, constitui, evidentemente, o
caminho que nos leva ao desenvolvimento
Não assisti, claro, à magistral lição, mas presumo que as elites universitárias presentes aderiram entusiasmadas a tão profunda teorização sobre o ensino superior, a ciência e a ligação entre educação, conhecimento e desenvolvimento.
A Universidade a que pertencem, sendo de excelência, desde o recrutamento dos melhores alunos à altíssima taxa de empregabilidade em lugares cimeiros de diferentes estruturas, públicas e privadas, constituiu o cenário ideal para a extraordinária lição de Maria Luís Albuquerque.
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