sexta-feira, 12 de setembro de 2014

REVISTA DE IMPRENSA

Convidaram-me para participar hoje no Jornal das 10 da SIC Notícias procedendo à "revista de imprensa",
Deram-me os jornais diários e meia hora para "rever" com o conselho de não exceder as cinco referências de modo a ter algum tempo para as comentar. Deixem-me partilhar as escolhas, difíceis aliás, face ao volume de informação disponível.
Comei pelas notícias relativas ao arranque do ano escolar e da estranha normalidade reclamada e reafirmada pelo MEC sobre um processo que tem tudo menos normalidade. Foi ainda possível referir algumas notas sobre o impacto negativo da instabilidade e de algumas das medidas da política educativa neste início de ano lectivo.
Uma segunda nota para, a propósito da situação da menina que estava desaparecida, alegadamente, "raptada" pelo pai no quadro de uma separação familiar complicada, chamar a atenção para o sofrimento, às vezes invisível ou desvalorizado, de muitas  crianças e adultos em processos desta natureza que não têm necessariamente de correr mal, antes pelo contrário, é melhor uma boa separação que uma má família. É, no entanto necessário bom senso e sensatez para evitar sofrimento que em algumas situações pode ser pesado e com eventuais consequências negativas.
Abordei também algo que me parece estranho e que já referi como a "conspiração das plataformas informáticas". Os últimos dias têm sido férteis em referências ao colapso da plataforma que serve o sistema judiciário, como têm sido férteis as referências ao disfuncionamento da plataforma do MEC no que respeita à colocação de docentes, como têm sido referenciadas dificuldades na plataforma informática do Ministério da Saúde. Que estranha força de bloqueio se esconderá por detrás desta reacção negativa das plataformas informáticas às políticas do Governo?
Uma nota breve ainda sobre mais uma afirmação pouco feliz da Dra. Isabel Jonet, a existência de "profissionais da pobreza", gente acomodada e que de geração para geração vive de mão estendida. Pelo menos 20% da população portuguesa a viver em situação de pobreza não autoriza afirmações desta natureza embora saibamos que existem situações de fraude e subsiodiodependência mas que, evidentemente, são uma minoria e decorrem da falta de regulação e de modelos mais assistencialistas.
Com o pouco tempo disponível ainda uma nota sobre a deriva extraordinária do Dr. Marinho Pinto que deixou o MPT e irá fundar um partido que o levará ao Parlamento, pelo menos e para já. Um discurso populista e antisistema, um cataventismo agitado, uma atitude gurrilheira de combate aos afirmados interesses instalados, dos quais faz parte como é óbvio, podem ser perigosos e ser mais um problema que uma solução.
Lamento, mas não falei da novela do BES, das primárias no PS e da saída do Paulo Bento.

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