"Serviços recebem indicações para cortarem 12% dos funcionários públicos em 2015"
A capacidade deste Governo para gerar perplexidade é
notável.
Ao que parece, terá feito chegar aos serviços da administração
de forma “totalmente informal” a orientação para que na preparação do orçamento
para 2015 seja previsto um corte de 12% no pessoal.
Segundo o Público, o Ministério das Finanças nega a “orientação”
mas vários dirigentes confirmam a sua existência e mostram-se apreensivos com
os efeitos.
Esta política do corte a “metro” mostra competência e a
capacidade de planeamento sustentado de boa parte das políticas. Neste caso
surge a “informalidade” da orientação que, assim, pode ser negada. Gente
manhosa e sem escrúpulos políticos ou éticos.
Aplicam-se percentagens, indicadores, rácios, etc. de forma
cega e administrativa e sem acautelar especificidades ou contextos. É assim na
educação, no encerramento de escolas ou na gestão do número de professores
através das “orientações” centralistas para a constituição de turmas, é assim
na saúde, na segurança social, etc.
Neste caso, alguns dirigentes exprimem a preocupação com o
impacto do corte de 12% das pessoas em serviços onde se verifica falta de
recursos.
Qual falta de recursos, qual quê, corta-se 12% das pessoas
que ainda estão e mais nada.
E a qualidade do serviço?
Ainda vai ficar melhor, vão dizer-nos. Recordemos
que Nuno Crato entende que as universidades estão a funcionar melhor depois de
terem sofrido cortes orçamentais muito significativos.
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