"Pré-escolar e Ensino Básico continuam a perder alunos"
O MEC disponibilizou hoje o
relatório "Estatísticas da Educação 2012-2013".
Algumas notas.
Uma primeira referência para o
abaixamento demográfico no Ensino Básico o que vem legitimar as teses da PEC -
Política Educativa em Curso no que respeita aos cortes de professores e ao
fechamento das escolas. O problema da qualidade é um pormenor corrigível através
dos exames, mais exames, e pelo incremento do ensino vocacional em modo dual, versão Crato. Esta abordagem é bastante mais económica ainda que de efitos discutíveis.
Em consequência do aumento da
escolaridade obrigatória a população a frequentar o ensino secundário subiu. No
entanto, merece reflexão o facto de que a subida do número de alunos não se
verifica na frequência do "ensino regular", desceu, mas nos cursos profissionais e cursos de
aprendizagem. Isto poderá querer dizer que os alunos que entram no secundário
estão a derivar para percurso alternativos e não creio que se possa dizer com
segurança que se trata de opção de alunos e famílias mas de uma franja de
alunos em risco de insucesso que serão orientados para esta trajectória que
continua a ser muito percepcionada como de "segunda". Esta percepção
é compreensível dado que os discurso políticos sobre o ensino vocacional, reforçam a ideia de que se destina, sobretudo, para os que não têm jeito para a escola.
Uma referência ainda às taxas de
conclusão. É preocupante que de 2011-2012 para 2012-2013 a taxa de conclusão no
Ensino Básico tenha baixado de 91.3"
para 82.2%. Talvez possamos encontrar aqui algumas razões para exames mais
fáceis no 9 º ano neste ano lectivo. Vamos certamente ver subir a taxa de
conclusão. Por outro lado, vale a pena interrogarmo-nos sobre o que explicará
descida tão acentuada. Terá a ver com medidas como o aumento do número de
alunos por turma, falta de recursos para dispositivos de apoio, clima das
escolas, entre outras?
Justifica-se uma análise mais cuidada.
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