"Restaurante do Parque Eduardo VII foi entregue pela câmara a uma empresa sem actividade"
A roda livre de impunidade e
incumprimento dos mais elementares princípios éticos quando não da lei,
produziu nas últimas décadas uma família alargada que, à sombra dos aparelhos
partidários e através de percursos políticos, se movimentam num tráfego intenso
entre entidades e empresas públicas e entidades privadas, promovendo frequentemente em
negócios que insultam os cidadãos.
Esta família alargada envolve
gente de vários quadrantes sociais e políticos com uma característica comum,
os negócios obscuros de natureza multifacetada e de escala variável,
desde o jeitinho para o emprego para o amigo até aos negócios de muitos milhões.
Acontece ainda e isto tem efeitos
devastadores, que muitos dos negócios que esta família vai realizando envolve com
frequência dinheiros públicos e com pesados encargos para os contribuintes.
Esta família conta ainda com a
cooperação de um sistema de justiça talhado à sua medida pelo que raramente se
assiste a alguma consequência decorrente dos negócios da família.
Curiosamente, mas sem surpresa, todos
os membros desta família, quando questionados sobre os seus negócios ou
envolvimento em algo, afirmam, invariavelmente que tudo é feito tudo dentro
da lei, nada de incorrecto e, portanto, estão sempre de consciência
tranquila.
Alguém poderia explicar a esta
gente que, primeiro, não somos parvos e, segundo, o que quer dizer consciência.
Esta é a pantanosa pátria, nossa
amada.
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