No ano de 2013 saíram do país 110 000 pessoas, 1% da população, de acordo com o Relatório do Observatório da Emigração
Somos um país de emigrantes de há séculos pelo que
este movimento de partida, só por si, não será de estranhar embora preocupe pelo volume e conjuntura.
Na verdade, creio
que é preocupante constatarmos que se durante muitos anos a emigração se realizava
na busca de melhores condições de vida, agora a emigração realiza-se à procura
da própria vida, muita gente, sobretudo jovens não tem condições
de vida, tem nada e parte à procura, não de melhor, mas de qualquer coisa.
Este vazio que aqui se sente é angustiante, sobretudo para
quem está começar, se sente qualificado e com o desejo de construção de um
projecto de vida viável e bem sucedido.
De todo este cenário, resulta o retrato de um país pobre,
envelhecido, onde poucos querem fazer nascer crianças, donde muitas pessoas
partem, fogem, à procura de uma vida que aqui lhes parece inacessível.
E o futuro? O futuro não mora aqui. Ei-los que partem,
velhos e novos.
Virão um dia ... ou não.
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