"Prometidas acções de boicote para o dia da prova dos professores contratados"
Está tudo dito sobre a sinistra Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades para os professores que irá a
acontecer no próximo dia 22 para os professores que não a realizaram a 18 de
Dezembro. Num novo número de manha e habilidade e de indignidade a que estamos habituados por
parte do Ministro, o processo foi agora desencadeado com prazos apertadíssimos
e enormes dificuldades de organização com o evidente objectivo de inibir as reacções dos professores. A vergonha e a ética foram, de novo, revistas em baixa, estão no nível "lixo". Algumas notas.
Não é necessário conhecimento
muito sofisticado na área da Avaliação ou da Formação de Professores para
entender que a sinistra Prova não avalia de forma alguma os conteúdos e
competências exigidas para a função professor, razão pela qual este modelo não
existe em qualquer país sério aplicado a professores já em função e raramente
aplicado a professores que querem iniciar a carreira.
Aplicar este modelo de prova para
os objectivos enunciados, Avaliação de Capacidades e Conhecimentos
para o exercício da função professor, nem que fosse a um só candidato, só a um
repito, com ou sem experiência, seria um procedimento insultuoso de tanta
incompetência e manhosice.
A Sinistra Prova, reafirmo,
é má, porque é má nos objectivos, modelo, conteúdos, processos e
circunstâncias. Nada muda nesta situação pelo facto de se aplicar a menos
professores ou a mais professores depois do inaceitável compromisso da FNE. A
avaliação de conhecimentos e capacidades para um professor exercer a sua
função só é adequada quando inclui com algum espaço temporal o desempenho
em sala de aula, em exercício. Aliás, o primeiro ano de prática ser
um ano de avaliação e constituir base de acesso à carreira nem sequer é inédito
no nosso sistema e é pratica comum em muitos sistemas educativos.
Nada do que Nuno Crato afirma tem
a este propósito tem a mínima relação com a Prova que, o Ministro sabe muito
bem, não pretende avaliar competências e capacidades de professores, os
objectivos do Ministro fazem parte de outra agenda. Este modelo de Prova
destinado a avaliar Capacidades e Conhecimentos é algo de delirante,
recordem-se as questões que foram colocadas na Prova de 18 de Dezembro sobre
refeitórios e transporte de alunos pelo que não merece, deste ponto de
vista, muitos comentários, é demasiado mau o que temos para reflectir.
É evidente que por mais que Nuno
Crato afirme, com a maior das hipcrisias, que a Prova “dignifica” os
professores”, permite “selecionar” os melhores, a realização desta Prova com o
modelo, com os conteúdos, objectivos e circunstância em que aconteceu e,
provavelmente, acontecerá é uma página negra, muito negra, da política
educativa das últimas décadas.
No entanto e como era previsível, a
insanidade continua, a incompetência, a arrogância e a manha política são
incompatíveis com a humildade do reconhecimento do erro.
3 comentários:
Por que não solicitar ao ministro e aos secretários( a estes iluminados) que façam a dita prova.
A dignidade dos professores está em causa por esta corja de políticos
É uma vergonha nacional esta politica de ei
Excelente exposição quanto ao absurdo desta prova!Parabéns.
Tudo isto é um insulto à inteligência, à competência, à ética e à profissão docente.
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