"Crato quer retomar Prova de Avaliação "muito em breve""
O Ministro Nuno Crato anunciou
hoje em Londres que em breve se retomará a sinistra Prova de Avaliação de
Conhecimentos e Capacidades para acesso à carreira docente, envolvendo também
professores com experiência docente e avaliada.
Como é costume, é o mantra
habitual de Nuno Crato, a justificação prende-se com a "qualidade da
docência". É evidente que ninguém em Londres lhe terá perguntado como é
que a delirante Prova que se realizou em 18 de Dezembro no meio de um
turbulento processo pode "avaliar" "conhecimentos e
capacidades".
No entanto, mais interessante que
o anúncio da volta da Sinistra Prova é a afirmação do Ministro relativa às
mudanças no sistema educativo.
Nuno Crato afirmou, segundo a
Lusa, ser difícil implementar reformas num "sistema muito centralizado,
muito dependente do Estado, onde os professores são funcionários
públicos".
O enunciado não é surpreendente
mas vai clarificando a missão do Ministro, a implosão do sistema público de
Educação.
Entende Nuno Crato que um sistema
centralizado é negativo. Então que se promova seriamente um reforço da
autonomia das escolas, que se promova a desburocratização de processos.
Acontece que esta centralização, burocracia controleira e o fingimento de
autonomia em que o sistema vive são promovidas e alimentadas justamente pelo
... MEC.
Diz também que é um sistema dependente
do Estado e os professores são funcionários públicos, dois pecados mortais. Acontece
que é justamente esta tutela do estado relativa ao sistema e aos recursos que
lhe confere, também, o carácter de "sistema público" de educação e
ensino.
A afirmação de Nuno Crato é,
pois, extraordinariamente clara, a privatização das escolas e a contratação de
docentes pelas leis do mercado serão a chave da mudança e a panaceia da qualidade.
Deixamos, assim, de ter qualquer
dúvida sobre a visão e missão de Nuno Crato, a implosão do sistema público de
educação e ensino.
Antes de ser Ministro, ainda era
um opinador em estado de graça, afirmou que se fosse Ministro implodiria o
Ministério da Educação.
Muita gente aplaudiu e até achou
engraçado, no fundo era coerente com um estado de graça, sempre que abria a
boca era aplaudido.
Agora está bem mais clarificado o
que Nuno Crato queria dizer.
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