segunda-feira, 9 de setembro de 2013

OS TIROS DOS SUBMARINOS, JUSTIÇA AO FUNDO


Paulatinamente, mas mesmo muito devagarinho, vão conhecendo episódios desta eterna e certamente  inconclusiva saga tóxica, conhecida pelo “O negócio dos submarinos”.
Os episódios anteriores foram marcados por uma enorme "surpresa" preparada pelos argumentistas, o desaparecimento da papelada relativa ao negócio o que faz correr o sério risco de comprometimento das investigações.
Nada de extraordinário, do meu ponto de vista, as investigações estavam comprometidas à partida, estamos em Portugal. Relembro que na Alemanha, o pessoal envolvido neste esquema já foi julgado e condenado, na Grécia o processo desenvolveu-se com a acusação dos responsáveis e nós por cá, como de costume, andamos aos papéis com eles desaparecidos e realizamos umas investigações, julgamentos e "indiciações" que ninguém acredita que terminem com alguma condenação, ou seja, tal como acontecia nas nossas míticas batalhas navais jogadas nas aulas, não passam de tiros na água.
De forma curiosa e mais preocupante, é que estes tiros na água abrem mais um rombo no casco do porta-aviões da confiança dos cidadãos na justiça e em boa parte da classe política.
Acresce que de quem se espera que seja parte da solução é, na verdade, parte do problema, resultado, justiça ao fundo.

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