O Presidente da República espera "bom senso" por parte da Troika durante o período de avaliações que agora se inicia e também que "tenha em atenção a situação económico-social e os sacrifícios que têm sido pedidos aos portugueses e a forma responsável com que estes têm correspondido".
Cavaco Silva espera ainda um compromisso entre os partidos que assinaram o Memorando, mas para depois das eleições porque por estes dias o clima pré-eleitoral não é favorável.
Por estranho que possa parecer, estes desejos ou expectativas de Cavaco Silva recordam-me uma das frases-bandeira dos idos de Maio de 68, "Sejam realistas peçam o impossível".
Na verdade, é tão impossível esperar bom senso da Troika e consideração pelos sacrifícios das pessoas, a questão é mercados e não pessoas, como referiu Durão Barroso, como um compromisso entre os partidos que os interesses da partidocracia não permitem.
Mas também é verdade o Presidente da República precisa de dizer alguma coisa, por assim dizer e, provavelmente sem querer, foi realista, pediu o impossível.
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