A linguagem popular tem um conjunto de expressões
que muitas vezes nos ajudam a retratar o quotidiano. No fundo, também é esse o
seu papel.
A propósito desta enorme trapalhada tóxica dos
"swaps" que continua sem fim à vista ,
lembro-me do enunciado "cada cavadela, cada minhoca".
Na verdade, cada vez que se ouve ou sabe algo
sobre esta matéria acrescenta-se um nó a uma trama que nos trama, seja por
questões relativas aos impactos financeiros desastrosos para as contas públicas
das operações envolvidas, seja pelo envolvimento e responsabilidades de quem de
alguma forma interveio neste processo. Hoje retomam-se as evidentes contradições nos depoimentos dos envolvidos, designadamente da actual Ministra das Finanças cujas declarações foram desmentidas pelo antigo responsável pela empresa Estradas de Portugal tambem subscritora de "swaps" e por auditorias realizadas. Ainda não tinha assentado a poeira levantada pela destruição,
em circunstâncias de duvidosa legalidade, de papéis importantes sobre o "negócio", numa curiosa
coincidência com o também tóxico filme dos submarinos
Decididamente, este universo, a gestão e
administração de empresas públicas e a promiscuidade e o tráfego entre
estruturas públicas e privadas alimentado pela partidocracia como ferramenta de
gestão de interesses, é um lugar mal frequentado, é um caso de polícia.
E não acontece nada.
Nada de novo, portanto.
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