sábado, 14 de setembro de 2013

CADA CAVADELA, CADA MINHOCA - O FILME TÓXICO "SWAPS"



 A linguagem popular tem um conjunto de expressões que muitas vezes nos ajudam a retratar o quotidiano. No fundo, também é esse o seu papel.
A propósito desta enorme trapalhada tóxica dos "swaps" que continua sem fim à vista , lembro-me do enunciado "cada cavadela, cada minhoca".
Na verdade, cada vez que se ouve ou sabe algo sobre esta matéria acrescenta-se um nó a uma trama que nos trama, seja por questões relativas aos impactos financeiros desastrosos para as contas públicas das operações envolvidas, seja pelo envolvimento e responsabilidades de quem de alguma forma interveio neste processo. Hoje retomam-se as evidentes contradições nos depoimentos dos envolvidos, designadamente da actual Ministra das Finanças cujas declarações foram desmentidas pelo antigo responsável pela empresa Estradas de Portugal tambem subscritora de "swaps" e por auditorias realizadas. Ainda não tinha assentado a poeira levantada pela destruição, em circunstâncias de duvidosa legalidade, de papéis importantes sobre o "negócio", numa curiosa coincidência com o também tóxico filme dos submarinos
Decididamente, este universo, a gestão e administração de empresas públicas e a promiscuidade e o tráfego entre estruturas públicas e privadas alimentado pela partidocracia como ferramenta de gestão de interesses, é um lugar mal frequentado, é um caso de polícia.
E não acontece nada.
Nada de novo, portanto. 

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