domingo, 22 de setembro de 2013

JUNTA-TE AOS BONS E SERÁS COMO ELES, JUNTA-TE AOS MAUS E ...

Não, não é verdade, juntar maus alunos em turmas não os torna melhores alunos, não dá resultado.
Como o o próprio JN afirma, o que permitiu melhorar resultados foi "reforçar o apoio", não é o facto de estarem separados como décadas de investigação e a experiência demonstram.
Muito provavelmente, com os apoios adequados os resultados escolares melhoram. Esta é que é a questão central não é a criação de turmas de "índios" e "maus alunos" e turmas de "bons alunos" ou de "filhos de professores e funcionários", prática que, como se sabe, deixou de acontecer nas nossas escolas há muito.
Embora nem sempre o "povo" tenha razão recordo a velha afirmação "Junta-te aos bons e serás como eles, junta-te aos maus e serás pior do que eles".
Na verdade, juntar miúdos maus alunos na mesma turma e esperar que, só por isso, melhorem é ineficaz.
Providenciar o apoio correcto e oportuno é mais eficaz em turmas heterogéneas por várias outras razões. Assim o MEC permita que as escolas tenham os recursos adequados e qualificados.
Esta é uma outra preocupação.

5 comentários:

Anónimo disse...

Não estou certa de que as turmas de "filhos de professores e de funcionários" - ou semelhantes - tenham deixado de existir. Ainda há pouco me deparei com uma 'boa' turma e quando o comentei esse facto a resposta do professor foi que maioria das criança era filha de colegas.
Se as escolas privadas seleccionam, algumas escolas públicas provavelmente também o fazem.

Cristina

Zé Morgado disse...

E eu que gostava de acreditar que se tratava de algo do passado. :)

Ana disse...

Na minha escola, ainda hoje, por obra e graça do espírito santo, os filhos de algo (no 5º ano) calham sempre na mesma turma. Já não escolhem a letra "A" para designar essas turmas de modo a não dar muito nas vistas, o que engrossa a triste anedota.
Os próprios pais desses alunos, muitos deles professores como eu, fazem pressão para que isso aconteça.
Já me insurgi sobeja e publicamente contra o facto e responderam-me que não se tratava de nenhum dos meus filhos.
Azar! Facilmente rebati o argumento com o meu exemplo pessoal, que quiseram chamar à discussão: os meus filhos nunca ficaram em turmas de filhos de algo, mas sim dos amigos que vinham detrás. Em ambos os casos, aquando da respectiva recepção, no início do ano escolar, questionaram-me se não queria que eles mudassem de turma, para a turma "X" (dessas turmas de filhos de algo). Recusei sempre. Disse que estariam muito bem onde calharam e que eu não tinha feito nenhum pedido nesse sentido, propositadamente. E nunca calharam em turmas de gente VIP da cidade.
Permita-me a vaidade de mencionar que hoje o meu filho mais velho é médico e o mais novo aluno de Economia na Universidade Nova, tendo sido acompanhados para o Ensino Superior por muitos colegas filhos de pessoas com pouca escolaridade, mas que valorizavam muito a escola e agradeciam muito o apoio que lhes era prestado cá em casa, quando vinham estudar em conjunto ou fazer trabalhos de grupo.

Zé Morgado disse...

Ontem como hoje, os "filhos de algo" têm algo a mais, é o destino ... de uns e de outros, os que não são "filhos de algo".

não sei quem sou... disse...

"MATA TODOS OS MEUS DEMÓNIOS E OS MEUS ANJOS TAMBÉM PERECERÃO"

Tennesse Williams

Perante as experiências relatadas vou olhar para os Professores tendo em atenção esta frase.


VIVA!