O Ministro Nuno Crato vem hoje "pedir ajuda" ao Conselho Nacional de Educação relativamente a questão do ensino do Inglês no 1º ciclo pois "Temos de introduzir o Inglês no curriculo do ensino básico". Ao que parece, será o CNE, respondendo ao "repto" do Ministro que pensará como introduzir o Inglês no currículo do Básico logo desde o primeiro ano.
Certamente por responsabilidade minha, não consigo perceber como será o CNE, dentro da suas competências, a pensar como lidar com esta questão independentemente dos contributos que possa providenciar.
Parece-me claro, erro meu provavelmente, que as duas possibilidades em aberto, reforma curricular tornando o Inglês parte da matriz curricular obrigatória ou integrar desde já obrigatoriamente o Inglês na Oferta Complementar, dotando as escolas dos recursos docentes necessários para qualquer dos cenários são, evidentemente, da responsabilidade do MEC.
Este discurso do MEC é desresponsabilizante e pretende criar poeira numa matéria que me parece bastante transparente.
Nada de novo na normalidade em que tudo na educação decorre.
3 comentários:
A minha pergunta é: embora reconhecendo a importância do domínio do Inglês, justifica-se torná-lo obrigatório e integrá-lo no programa curricular do 1º ciclo?
A divisão em ciclos não existe precisamente para marcar a diferença? Não é suficiente iniciar o ensino do Inglês no 2º ciclo, deixando para o 1º ciclo o desenvolvimento de boas competências na matemática e português em vez de pressionar ainda mais os programas com o Inglês?
Quanto ao ensino do Inglês nas AEC, sendo estas de frequência facultativa, e sabendo-se que muitas vezes os professores das AEC não possuem as competências necessárias para o ensino da disciplina, este deve ser sempre entendido como isso mesmo, uma actividade extracurricular, ao mesmo nível das outras.
Cristina
Senhor Anónimo
Tenho um sobrinho de 3 anos que brincando com um tablet (em casa) e sem ser forçado absolutamente a nenhuma aprendizagem, fala um Inglês de fazer inveja a muitos adultos da minha geração. E garanto-lhe que não é nenhum super-dotado.
Acha que no 1º ciclo aprender Inglês de forma suave e brincalhona é desnecessário e despropositado ?!
Eu não!São opiniões...
VIVA!
Cristina,quatro notas muito breves.
1 - Não existe inglês nas AECs passou para a Oferta Complementar que depende das escolas.
2 - Os estudos dizem que a introdução precoce de uma segunda língua é positiva para os miúdos. Esta situação verifica-se na grande maioria dos países.
3 - Ao fazer depender da decisão da escola criam-se situações de alguma falta de equidade, uns meninos terão mais tempo de inglês que depois passa a disciplina obrigatóia e certamnte objecto de exame tal como Crato já anunciou.
4 - A lógica da ciclos actual, além de não ser a mais favorável, não impede, que português, matemática e conteúdos nas áreas das ciências naturais coexistam ao longo dos primeiros nove anos de escolaridade pois são todos conhecimentos essenciais, tal como o inglês nas sociedades actuais.
Cumprimentos
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