segunda-feira, 23 de setembro de 2013

INGLÊS NO 1º CICLO? SLOWLY

O Ministro Nuno Crato vem hoje "pedir ajuda" ao Conselho Nacional de Educação relativamente a questão do ensino do Inglês no 1º ciclo pois "Temos de introduzir o Inglês no curriculo do ensino básico". Ao que parece, será o CNE, respondendo ao "repto" do Ministro que pensará como introduzir o Inglês no currículo do Básico logo desde o primeiro ano.
Certamente por responsabilidade minha, não consigo perceber como será o CNE, dentro da suas competências, a pensar como lidar com esta questão independentemente dos contributos que possa providenciar.
Parece-me claro, erro meu provavelmente, que as duas possibilidades em aberto, reforma curricular tornando o Inglês parte da matriz curricular obrigatória ou integrar desde já obrigatoriamente o Inglês na Oferta Complementar, dotando as escolas dos recursos docentes necessários para qualquer dos cenários são, evidentemente, da responsabilidade do MEC.
Este discurso do MEC é desresponsabilizante e pretende criar poeira numa matéria que me parece bastante transparente.
Nada de novo na normalidade em que tudo na educação decorre.

3 comentários:

Anónimo disse...

A minha pergunta é: embora reconhecendo a importância do domínio do Inglês, justifica-se torná-lo obrigatório e integrá-lo no programa curricular do 1º ciclo?

A divisão em ciclos não existe precisamente para marcar a diferença? Não é suficiente iniciar o ensino do Inglês no 2º ciclo, deixando para o 1º ciclo o desenvolvimento de boas competências na matemática e português em vez de pressionar ainda mais os programas com o Inglês?

Quanto ao ensino do Inglês nas AEC, sendo estas de frequência facultativa, e sabendo-se que muitas vezes os professores das AEC não possuem as competências necessárias para o ensino da disciplina, este deve ser sempre entendido como isso mesmo, uma actividade extracurricular, ao mesmo nível das outras.

Cristina

não sei quem sou... disse...

Senhor Anónimo

Tenho um sobrinho de 3 anos que brincando com um tablet (em casa) e sem ser forçado absolutamente a nenhuma aprendizagem, fala um Inglês de fazer inveja a muitos adultos da minha geração. E garanto-lhe que não é nenhum super-dotado.

Acha que no 1º ciclo aprender Inglês de forma suave e brincalhona é desnecessário e despropositado ?!

Eu não!São opiniões...


VIVA!

Zé Morgado disse...

Cristina,quatro notas muito breves.
1 - Não existe inglês nas AECs passou para a Oferta Complementar que depende das escolas.
2 - Os estudos dizem que a introdução precoce de uma segunda língua é positiva para os miúdos. Esta situação verifica-se na grande maioria dos países.
3 - Ao fazer depender da decisão da escola criam-se situações de alguma falta de equidade, uns meninos terão mais tempo de inglês que depois passa a disciplina obrigatóia e certamnte objecto de exame tal como Crato já anunciou.
4 - A lógica da ciclos actual, além de não ser a mais favorável, não impede, que português, matemática e conteúdos nas áreas das ciências naturais coexistam ao longo dos primeiros nove anos de escolaridade pois são todos conhecimentos essenciais, tal como o inglês nas sociedades actuais.
Cumprimentos