sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DIE PARTEI, O PARTIDO SEM CONTEÚDO. É PLÁGIO

No decurso da campanha para as eleições de Domingo na Alemanha tem sido notícia o envolvimento de um partido, Die Partei, que se assume como um partido sem programa, sem conteúdo.
Lê-se no Público que Martin Sonneborn, o líder do Die Partei afirma ”Nós preferimos trabalhar sem conteúdo, ser populistas, e tornarmo-nos simpáticos aos olhos dos eleitores” e “…temos como todos os partidos, sede de poder - e queremos chegar lá através de métodos satíricos."
Estava a ler esta peça e comecei a pensar na campanha em curso em Portugal para as eleições autárquicas.
Uma viagem pelos discursos e promessas de boa parte dos candidatos em campanha por cá, leva-me a crer que o Die Partei, o partido sem conteúdo, poderia ser colocado em tribunal por plágio e teria fortíssimas possibilidades de ser condenado.
Na verdade, muitos dos discursos que ouvimos, não são um programa, não têm conteúdos, são populistas e são cómicos, ou melhor trágico-cómicos.
A questão mais complicada e que faz diferença por assim dizer, é que o Dia Partei assume essa natureza “satírica”, seja lá isso o que for, enquanto a rapaziada por cá assume os seus discursos como sérios e, além disso, pretende que os levemos a sério.
E não é que muitos de nós os levamos mesmo a sério.
O mundo anda estranho.

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