Era uma vez um rapaz chamado Tímido. Desde miúdo
pequeno que era uma pessoa discreta, sem grandes falas, apenas o necessário, sempre no
seu canto, umas vezes a observar, outras entretido com desenhos ou com letras. Mostrando-se pouco disposto para as brincadeiras, os colegas do Tímido também se habituaram ao seu jeito, estava por perto mas sem
grandes diálogos. Como se sabe, os Tímidos são assim.
Cumpria as suas tarefas de forma tranquila e voltava ao mundo
das letras e dos desenhos.
Um dia, encontrou um amigo de quem gostou a
sério. Era tão calmo quanto o Tímido quisesse, falava quando o Tímido queria
que falasse, mostrava o que o Tímido queria ver, ensinava o que o Tímido queria
saber, sempre que o Tímido queria o seu amigo estava por perto, o amigo não
inquiria permanentemente o Tímido sobre o porquê dos seus comportamentos,
enfim, o Tímido tinha encontrado o amigo ideal.
Todo o tempo que podia passava-o junto dele, do amigo
ideal.
Chamava-se Computador.
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