A linguagem popular tem um conjunto de expressões
que muitas vezes nos ajudam a retratar o quotidiano. No fundo também é esse o
seu papel.
A propósito desta enorme trapalhada dos "swaps"
lembro-me do enunciado "cada cavadela, cada minhoca".
Na verdade, cada vez que se ouve algo ou alguém sobre esta
matéria acrescenta-se um nó à confusão, seja por questões relativas aos
impactos financeiros desastrosos para as contas públicas das operações
envolvidas, seja pela envolvimento e responsabilidades de quem esteve ligado ao
processo.
A existência ou não de passagem de informação
sobre os "swaps" na transição de governos, o envolvimento da actual
Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, no estabelecimento de contratos desta natureza enquanto
administradora da Refer e o desconhecimento que alega como elemento do Governo
são apenas exemplos de como tudo isto é uma história mal contada, pouco edificante, e da qual,
como de costume, não haverá responsáveis.
Decididamente, este universo, a gestão e
administração de empresas públicas é um lugar mal frequentado, é um caso de
polícia.
Trata-se de um mundo tóxico cheio de produtos
tóxicos.
E não acontece nada. Nada de novo, portanto
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