Um estudo realizado por uma equipa israelita do Instituto Weizmann
de Ciência, divulgado na Nature Neuroscience, pretende demonstrar a estimulante
possibilidade de aprender enquanto se dorme.
Finalmente, a justiça e a verdade taradaram mas chegaram.
Durante alguns anos da minha vida, de uma forma completamente
intuitiva, sem base científica, apostei nesta tese, devo confessar no entanto que sem
grandes resultados.
O dispositivo que montei funcionava assim. Nos tempos de
liceu, quase sempre em véspera de testes, depois de estudar o que me parecia
ser suficiente para fugir à “nega” o que, aliás, nem sempre conseguia,
deitava-me, mantinha a luz do quarto acesa e deixa o manual aberto encostadinho
à minha cabeça, Este procedimento experimental, estudar por osmose enquanto
dormia, surtia, pelo menos um efeito positivo também previsto no plano. O meu
pai acordava, percebia a luz acesa já bastante tarde e, ou acreditava que eu
ainda estava a estudar (e estava) ou vinha verificar e certificava-se do meu
empenho no estudo que me levava a, coitado de mim, adormecer a estudar. A
experiência funcionava a contento.
É verdade que nunca consegui comprovar que o meu “método” de
estudo produzisse alterações no rendimento escolar e na aprendizagem, mas que o
meu pai se referia com muito apreço ao meu esforço e preocupação com a escola
também é verdade.
Espero que o trabalho desenvolvido em Israel possa vir a
transformar o sono como um ambiente favorável e eficaz de aprendizagem.
Para além do que se ganha em horas de trabalho em casa,
estuda-se toda a noite, já não se tornará necessário acordar os alunos que
dormem nas aulas, serão os melhores alunos.
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