sexta-feira, 31 de agosto de 2012

ESTÁS SEMPRE A DORMIR NAS AULAS. Não Setôra, tou a estudar

Um estudo realizado por uma equipa israelita do Instituto Weizmann de Ciência, divulgado na Nature Neuroscience, pretende demonstrar a estimulante possibilidade de aprender enquanto se dorme.
Finalmente, a justiça e a verdade taradaram mas chegaram.
Durante alguns anos da minha vida, de uma forma completamente intuitiva, sem base científica, apostei nesta tese, devo confessar no entanto que sem grandes resultados.
O dispositivo que montei funcionava assim. Nos tempos de liceu, quase sempre em véspera de testes, depois de estudar o que me parecia ser suficiente para fugir à “nega” o que, aliás, nem sempre conseguia, deitava-me, mantinha a luz do quarto acesa e deixa o manual aberto encostadinho à minha cabeça, Este procedimento experimental, estudar por osmose enquanto dormia, surtia, pelo menos um efeito positivo também previsto no plano. O meu pai acordava, percebia a luz acesa já bastante tarde e, ou acreditava que eu ainda estava a estudar (e estava) ou vinha verificar e certificava-se do meu empenho no estudo que me levava a, coitado de mim, adormecer a estudar. A experiência funcionava a contento.
É verdade que nunca consegui comprovar que o meu “método” de estudo produzisse alterações no rendimento escolar e na aprendizagem, mas que o meu pai se referia com muito apreço ao meu esforço e preocupação com a escola também é verdade.
Espero que o trabalho desenvolvido em Israel possa vir a transformar o sono como um ambiente favorável e eficaz de aprendizagem.
Para além do que se ganha em horas de trabalho em casa, estuda-se toda a noite, já não se tornará necessário acordar os alunos que dormem nas aulas, serão os melhores alunos.

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