O Relatório "Education and Training Monitor 2015” da responsabilidade da Comissão Europeia, evidencia
progressos importantes realizados em Portugal no que concerne ao abandono
escolar. Apesar destes progressos, que se devem registar, a taxa de abandono
escolar em Portugal continua a quarta mais alta da União Europeia.
De acordo com o Relatório o abandono
escolar precoce em Portugal passou de 30,9% em 2009 para 17,4% em 2014. A média
na Comunidade é 11,1% e importa recordar que para 2020 está estabelecido a
nível europeu o objectivo de atingir 10%
Na verdade, os estudos
comparativos internacionais têm vindo a registar os progressos dos alunos
portugueses. No entanto de 2009 para 2012 a situação inverteu-se.
Sabe-se também que de 2011, depois de um período de melhoria de resultados escolares, os níveis de
retenção voltaram a agravar-se em todos os anos de escolaridade. Em média
chumbam por ano cerca de 150 000 alunos dos ensinos básico e secundário como
referiu o CNE em Relatório deste ano. É evidente também que os alunos com
insucesso escolar são os que correm maior risco de abandono escolar precoce.
Por outro lado, importa analisar
o impacto que nestes resultados tem a forma como é gerida a avaliação interna
nas escolas e a avaliação externa do MEC designadamente com a definição da
dificuldade dos exames. Veja-se a oscilação de médias dos exames nacionais ao
longo dos anos.
Também me parece necessário
ponderar o impacto que tem o “encaminhamento” de muitos alunos para vias
vocacionais ou profissionais, que minimiza os níveis de abandono, minimiza os
números das retenções mas não é garantido que faça subir os números do sucesso
educativos e escolar.
Neste contexto, julgo que importa
alguma prudência no olhar para o significado real do abaixamento do abandono.
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