Politécnico do Ave investiga praxe violenta
Mais um problema velho das velhas
praxes, agora no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave.
Apesar de alguma contenção que
deve registar-se face a outros anos, de forma aparentemente tranquila continuam
a coexistir genuínas intenções de convivialidade, tradição, integração e vida
académica através, por exemplo, de actividade de solidariedade com situações de
boçalidade, humilhação e violência sobre o outro, no caso o caloiro. Os
episódios de abusos e excessos sucedem-se.
Apesar dos discursos dos seus
defensores, continuo a não conseguir entender como é que, a título de exemplo,
humilhar rima com integrar, insultar rima com ajudar, boçalidade rima com
universidade, abusar rima com brincar, ofender rima com acolher, violência rima
com inteligência ou coacção rima com tradição.
Assim, não simpatizando com
estratégias de natureza proibicionista, creio que o caminho deverá passar por
um esforço de auto-regulação das praxes nas diferentes academias e escolas.
Quando me refiro a esta questão e
faço-o frequentemente, surgem naturalmente comentários de pessoas que passaram
por experiências de praxe que não entendem como negativas, antes pelo
contrário, afirmam-nas como algo de positivo na vida universitária. Acredito e
obviamente não discuto as experiências individuais, falo do que conhecemos, do
que sabemos que acontece e não devia acontecer.
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