Retomo o trabalho do Público sobre
o Relatório da Comissão Europeia, “Educationand Training Monitor 2015” agora a propósito de, cito, “No geral considera que a qualidade dos professores é indispensável para garantir uma melhor educação”.
Julgo que ninguém terá qualquer
dúvida sobre a importância da qualidade dos docentes na promoção de “melhor
educação” qualquer que seja o conteúdo desta ideia como também não se discute a
importância dos currículos e programas ou das políticas educativas apenas como
exemplo.
Nesta perspectiva parece também clara
a importância da formação dos professores e da regulação e avaliação do seu
desempenho. Neste contexto compreende-se mal o recurso à sinistra Prova de
Avaliação de Conhecimentos e Capacidades que, evidentemente, não avalia nada de
substantivo no que é ser Professor.
Cito com frequência uma afirmação
de 2000 do Council for Exceptional Children, "O factor individual mais contributivo para a qualidade da educação é a
existência de um professor qualificado e empenhado".
No entanto, julgo que para além
da formação e da avaliação dos docentes como base para a qualidade do seu
desempenho parece-me fundamental a sua valorização, algo que nos últimos anos
de políticas educativas em Portugal, designadamente a partir da passagem de
Maria de Lurdes Rodrigues pela 5 de Outubro e com Nuno Crato mais recentemente,
esteve bem longe de se verificar.
Aliás, tem-se passado o contrário, desvalorização social e profissional dos professores e da sua
carreira.
Na verdade, a valorização social
e profissional dos professores, em diferentes dimensões, é uma ferramenta
imprescindível a um sistema educativo com mais qualidade.
Aliás, uma das características
dos sistemas educativos melhor considerados é, justamente, a valorização dos
professores.
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