segunda-feira, 30 de novembro de 2015

DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Inicia-se hoje em Paris uma Conferência das Nações Unidas centrada nas alterações climáticas. Nesta Conferência estará representada a esmagadora maioria dos países incluindo os que mais contribuem para as alterações climáticas em análise.
Como provavelmente acontecerá, apesar da retórica dos discursos insistir na defesa da qualidade da vida no planeta, os avanços serão curtos e assim se cumpre o “desenvolvimento”, dizem. As sucessivas cimeiras fazem parte da liturgia.
Como é evidente, o clima actual é profundamente preocupante, veja-se o clima em que se realiza a própria Conferência, a recuperar da tragédia de Paris.
Atentemos ainda no clima de guerra e pobreza que se instalou em diversas zonas do planeta e que se torna, por exemplo, responsável pela maior crise de refugiados que a Europa está a sofrer depois das guerras mundiais com um cortejo de tragédias que estão mesmo à nossa beira e não lá para longe como parecia até há pouco.
Também numa outra escala muitos de nós sentimos como o clima não está bem, são recorrentes as queixas sobre alterações no clima, nos climas, e também aqui sabemos que a responsabilidade é dos homens, ou melhor, da irresponsabilidade dos homens
Só para referir algumas áreas, veja-se o que tem sido de há anos para cá o clima de funcionamento de boa parte das escolas portuguesas. Está longe de ser o mais favorável ao bom andamento do trabalho de professores, alunos e pais.
O clima na saúde também não atravessa melhores dias com queixas e dificuldades de natureza variada.
O clima político é de uma turbulência que impressiona o que acaba por criar turbulência na economia e nos mercados. Como é sabido, os mercados são muito sensíveis à turbulência, ficam nervosos e assim. Depois … sobra para os suspeitos do costume, nós.
Todo este cenário tem implicações severas no clima das famílias com níveis de desemprego devastadores e com dificuldades sociais gravíssimas.
Finalmente, importa considerar, evidentemente, as potenciais consequências do aquecimento global mas também me parece que não damos a devida atenção a um fenómeno de natureza contrária, o arrefecimento global na relação entre as pessoas. Parece razoavelmente claro que as relações interpessoais, estão mais frias, mais distantes apesar dos milhares de “amigos” nas redes sociais.
Cada vez mais parecemos condomínios de uma pessoa só.

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