Como é sabido existe um Plano
Nacional de Vacinação e Portugal tem, felizmente, uma taxa bastante elevada de vacinação nas
crianças. Noutros países parece estar a assistir-se à emergência de um
movimento que leva a que muitos pais recusem vacinar os filhos e por cá
ouvem-se algumas opiniões nesse sentido.
Recordo que há algum tempo se
verificou um surto de sarampo nos Estados Unidos com resultados preocupantes
pois atingiu estados em que os pais podem recusar as vacinas.
Não sendo especialista, sei que
as vacinas contêm alguns riscos que basicamente estarão controlados e sei
também que existem interesses brutais em jogo, designadamente por parte das
farmacêuticas e laboratórios. No entanto, parece-me que a vacinação representa
um ganho civilizacional que poupa a morte a muitos milhares de crianças pelo
mundo inteiro e quando reparamos na taxa de mortalidade infantil verificada em
países que não conseguem assegurar campanhas de vacinação generalizadas
percebemos isso com clareza.
Assim sendo, é sempre com alguma
preocupação que em nome de valores, certamente legítimos mas que necessitam de
ponderação, se possa decidir por comportamentos que manifestamente são causadores
de riscos para as crianças.
Ainda no mesmo âmbito recordo
também um movimento emergente que defende a realização de partos em casa que,
evidentemente, tem merecido a condenação de enfermeiros e médicos devido aos
elevados riscos envolvidos para bebés e mães. Também nesta matéria sabemos dos
interesses económicos em jogo traduzidos, por exemplo, numa altíssima taxa de
cesarianas que parece agora com tendência para baixar.
O povo costuma dizer que
"com a saúde não se brinca". Não estamos a falar, obviamente, de
brincadeiras mas estamos a falar de decisões que são de uma enorme responsabilidade
e que podem levar como aconteceu recentemente em França, a peça do DN refere-o,
que o tribunal obrigue uma família a vacinar os filhos em nome do seu superior
interesse.
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