"Supremo confirma autorização para instalar cadeira elevatória contra vontade do condomínio"
A história começa em 2010 e resume-se assim. Um
cidadão, em consequência de um AVC, ficou com sérios problemas de mobilidade. A
expensas suas decidiu colocar uma cadeira elevatória no prédio onde habita
única forma de aceder de forma autónoma à sua habitação e sem que tal crie problemas aos vizinhos. Acontece que os
restantes condóminos recusam a pretensão e caso vai para tribunal que em
primeira instância decide a favor dos condóminos.
Assim o senhor ficou condenado à prisão domiciliária
ou a sair às costas de alguém.
Entretanto, após sucessivos recurso,s o caso subiu
ao Supremo Tribunal de Justiça que, finalmente, decide a favor, digo eu, do
direito. O senhor pode ter a cadeira elevatória pois o direito de propriedade
não pode ser exercido como forma de discriminação.
Este episódio é apenas mais um exemplo da infinita
e dura corrida de obstáculos em que a vida das pessoas com deficiência se
transforma.
Acontece que boa parte desses obstáculos relevam da
atitude da “gente” normal, da negação dos direitos, de políticas “normalizadoras”,
da intolerância, da caridade que disfarça discriminação, etc.
O que ainda está por fazer apesar do muito que foi
feito!
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