Tal como aconteceu o ano passado, os alunos do ensino profissional apoiados pela acção social não estão a receber
a bolsa de mérito por desempenho escolar.
No ano anterior o MEC, ainda com
uma ponta de pudor, voltou atrás e com uma esfarrapada desculpa "interpretação
errada dos serviços" acabou por pagar.
Para este ano, o pudor é zero.
O MEC afirma, lê-se no Expresso, que
nada mudou na política de atribuição de bolsas e que "todos os processos
instruídos e terminados já foram pagos". No entanto, segundo o jornal as
escolas garantem ter recebido apenas os montantes que respeitam aos alunos dos cursos
científico-humanísticos. É ainda referida a existência de documentação do
comissário, perdão, d delegado regional de Educação do Norte em que afirma
expressamente que os "cursos profissionais cofinanciados pelo POPH
[Programa Operacional Potencial Humano] não poderão ser considerados nesta
modalidade, nesta fase".
Ainda a propósito de apoios aos
alunos carenciados, o MEC também cortou as comparticipações para visitas de
estudo aos alunos com apoio da acção social escolar. Na mesma linha das bolsas
de mérito, o ano passado ainda recuou mas este ano não paga mesmo. No seu
peculiar entendimento de autonomia diz que a responsabilidade é das escolas
através das receitas próprias que como se sabe são muito significativas.
Definitivamente o pudor
desapareceu da 5 de Outubro. O MEC não gosta dos pobres e dos alunos do cursos
profissionais, por isso os exclui das bolsas de mérito e dos apoios para a
realização de visitas de estudo.
Não haverá ninguém por perto que
possa explicar a Nuno Crato o que significa equidade e igualdade de
oportunidades?
Sim, eu sei que ele sabe o que
significam mas isso choca com a visão que tem de educação e de escola.
Estamos no fundo.
Estamos no fundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário