Em reacção a uma afirmação de
António Costa sobre os cursos vocacionais o MEC vem afirmar:
A sério?!
Esta afirmação é elucidativa da
relação ambígua que o MEC, Nuno Crato, tem com a seriedade.
Como é do conhecimento público, o
Expresso referia- no último fim de semana, em dois anos e sem qualquer
avaliação concluída e divulgada os cursos vocacionais passaram a ser
frequentados por quase 25 000 alunos, eram 300, a grande maioria oriunda do
ensino básico, cerca de 22 000.
Como é possível afirmar o que o
MEC afirma se não existe avaliação conhecida que suporte tais conclusões. Não é
sério, não é rigoroso, não é admissível, é manha política para vender uma agenda,
uma visão de educação e ensino público.
Como referi há dias, é de
recordar que Relatórios da OCDE e da UNESCO têm sustentado que a
colocação dos alunos com piores resultados escolares em ensino de carácter
técnico e vocacional, muito cedo, em vez da aposta nas aquisições escolares
fundamentais, aumenta a desigualdade social.
A diferenciação dos percursos,
necessária e imprescindível reafirmo, deve surgir mais tarde, como se verifica
na maioria dos sistemas educativos que se preocupam com os miúdos, com todos os
miúdos.
Quanto ao conjunto de ideias expressas
por António Costa sobre educação ... é melhor esperar para perceber melhor.
Sem comentários:
Enviar um comentário