Foi ontem divulgado um Estudo a
que aqui fiz referência encomendado pela Comissão de Liberdades Cívicas,
Justiça e Assuntos Internos do Parlamento Europeu sobre o impacto da crise e
dos programas de austeridade nos direitos fundamentais em sete países
da União Europeia - Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, Irlanda, Itália e
Bélgica, concluiu que em Portugal foram afectados de forma grave alguns dos
direitos fundamentais dos cidadãos.
O direito ao trabalho foi o mais ameaçado
tendo as crianças sofrido efeitos significativos no direito à educação.
Do Estudo parcelar dirigido a
cada um dos países sobre o que se torna necessário para proteger o direito à
educação, retiro o que no caso de Portugal surge como recomendação dirigida a
proteger o direito à educação (pg 70):
É evidente que não tenho a mínima
esperança que no MEC este Estudo possa merecer a atenção que justifica. As
políticas desenvolvidas e assumidas por Nuno Crato e pelo Governo são,
justamente, as políticas que determinam os efeitos que este Estudo analisa e
que sugere modificar.
Na verdade, "investir na
educação", "diminuir o número de alunos por turma", ou "aumentar o apoio a alunos com necessidades especiais, uma área em que as
medidas de austeridade assumiram efeitos
particularmente sérios", são medidas em contraciclo com os ventos que
sopram da 5 de Outubro.
Ainda que a orientação venha do Parlamento Europeu. Aqui acaba-se a postura do "bom aluno".
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