No Público surge um trabalho
dirigido a um grupo que raramente é alvo de alguma atenção particular, o das
crianças sobredotadas.
Este grupo, que de acordo os especialistas, se estima em cerca de 40000 até aos 12 anos em Portugal, enquanto
grupo minoritário sofre com essa natureza. Os apoios aos alunos, professores e
pais são manifestamente insuficientes muitas vezes aqui tenho referido esta
questão envolvendo, por exemplo, crianças e adolescentes com necessidades
especiais. Nada de novo, portanto, lamentavelmente.
No caso mais particular das crianças
sobredotadas acrescem algumas outras questões. Em primeiro lugar a dificuldade
em avaliar este tipo de situações e o desconhecimento genérico que sobre esta
matéria que a maioria dos agentes educativos evidencia. Em muitas situações,
conheci algumas, os comportamentos e o funcionamento das crianças e até mesmo
as dificuldades escolares experimentadas por algumas eram considerados
consequência das mais variadas razões nunca relacionadas com um quadro de
sobredotação.
Acontece ainda que com alguma
frequência se estabelece o enorme equívoco de que "se a criança é sobredotada não
precisa de ajuda", sendo que o próprio Ministério da Educação assim
considerou durante muito tempo.
Na verdade, tal com trabalho do
Público mostra, as crianças e adolescentes com sobredotação podem experimentar
enormes dificuldades no seu percurso educativo a que as escolas dificilmente
dão respostas, tal como têm dificuldade em assegurar respostas eficazes e com
os recursos necessários a outros grupos de alunos.
Nada que surpreenda as famílias e
os técnicos que lidam com crianças que por alguma condição evidenciem diferenças
ou recebam um rótulo de diferente.
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