quarta-feira, 10 de abril de 2013

SE É SOBREDOTADO, NÃO PRECISA DE AJUDA

No Público surge um trabalho dirigido a um grupo que raramente é alvo de alguma atenção particular, o das crianças sobredotadas.
Este grupo, que de acordo os especialistas, se estima em cerca de 40000 até aos 12 anos em Portugal, enquanto grupo minoritário sofre com essa natureza. Os apoios aos alunos, professores e pais são manifestamente insuficientes muitas vezes aqui tenho referido esta questão envolvendo, por exemplo, crianças e adolescentes com necessidades especiais. Nada de novo, portanto, lamentavelmente.
No caso mais particular das crianças sobredotadas acrescem algumas outras questões. Em primeiro lugar a dificuldade em avaliar este tipo de situações e o desconhecimento genérico que sobre esta matéria que a maioria dos agentes educativos evidencia. Em muitas situações, conheci algumas, os comportamentos e o funcionamento das crianças e até mesmo as dificuldades escolares experimentadas por algumas eram considerados consequência das mais variadas razões nunca relacionadas com um quadro de sobredotação.
Acontece ainda que com alguma frequência se estabelece o enorme equívoco de que "se a criança é sobredotada não precisa de ajuda", sendo que o próprio Ministério da Educação assim considerou durante muito tempo.
Na verdade, tal com trabalho do Público mostra, as crianças e adolescentes com sobredotação podem experimentar enormes dificuldades no seu percurso educativo a que as escolas dificilmente dão respostas, tal como têm dificuldade em assegurar respostas eficazes e com os recursos necessários a outros grupos de alunos.
Nada que surpreenda as famílias e os técnicos que lidam com crianças que por alguma condição evidenciem diferenças ou recebam um rótulo de diferente.

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