Nos tempos que correm uma notícia positiva é um
bem de primeira necessidade. De acordo com um relatório da Segurança Social
hoje divulgado diminuiu o número de crianças e adolescentes institucionalizados.
De 2011 para 2012 baixou 4.3 % mas se considerarmos 2006 a diferença é de 30.1 %.
Os motivos pelos quais é positivo este
abaixamento são muitos e importantes. Apenas uma referência a um aspecto que
nem sempre é considerado embora conhecido e reconhecido por lida com este
universo e que há uns tempos foi sublinhado num estudo realizado pela
Universidade do Minho, a maior dificuldade que crianças institucionalizadas revelam
em estabelecer laços afectivos sólidos com os seus cuidadores nas instituições.
Esta dificuldade pode implicar alguns riscos no desenvolvimento dos miúdos e no
seu comportamento.
A conclusão não questiona a competência dos
técnicos cuidadores das instituições, mas as próprias condições de vida
institucional e aponta no sentido da adopção como forma de minimizar estes
riscos e facilitar os importantes processos de vinculação afectiva dos miúdos.
Apesar da evolução, o número de crianças
institucionalizadas ainda é significativo e muitas delas não terão facilmente
projectos de vida viáveis pese o empenho dos técnicos. Neste universo, acresce
a dificuldade enorme de algumas crianças em ser adoptadas devido a situações
como doença, deficiência, existência de irmãos ou uma idade já elevada. Assim,
muitas crianças estarão mesmo condenadas a não ter uma família.
Há que continuar a desatar os nós da vida dos
miúdos e a transformá-los em laços.
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