Os salários em atraso, para além do desemprego e dos cortes nas prestações sociais, são uma das mais fortes ameaças às condições básicas de qualidade de vida e dignidade enfrentadas pelas famílias.
No Ministério da Solidariedade e Segurança Social existe o Fundo de Garantia Salarial justamente para minimizar os efeitos dos salários em atraso. Acontece que face ao aumento de pedidos, 42% de 2011 para 2012, o Fundo demora cerca de um ano a iniciar a análise dos processos. No entanto, de acordo com o Provedor de Justiça o prazo está perto dos dois anos. Ao que parece, o Ministério encara o aumento dos recursos para agilizar a análise de processos e disponibilização de compensões.
Um ou dois anos à espera, sem salário e sem subsídios pois formalmente estão empregados, coloca-se uma inquietante questão.
Estes milhares de pessoas e as suas famílias vivem de quê?
Da espera? Não, da desesperança que mata devagarinho.
1 comentário:
A democracia, tal como ela é exercida pelos governantes, é um mito, uma fantochada burlesca.
Senão vejamos...
Na esmagadora maioria das situações de salários em atraso, a entidade patronal tem património pessoal ou famíliar, adquerido através dos lucros obtidos nas empresas em falta e cujos empregados contribuiram com o seu suor e em muitos casos também vítimas de exploração laboral e salarial.
Seria pedir demais impor por lei que utilizassem parte do património pessoal no pagamento em dívida a quem os ajudou a enriquecer ?!
Esta democracia que eu conheço á 39 anos não é á medida dos meus ideais nem encerra humanismo.
VIVA!
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