O Ministro Vítor Gaspar, sub-chefe da equipa de feitores,
liderada pelo Primeiro-ministro Adjunto da Troika, anunciou no Parlamento a
continuação das políticas de austeridade orçadas em 4700 milhões entre 2014 e
2016. Nada de surpreendente sendo que os aspectos mais específicos serão
conhecidos dentro de dias.
Ontem escrevi e hoje repito. Torna-se muito
difícil entender a persistência insensível e insensata, cega e surda, neste
caminho de “custe o que custar", no cumprimento dos objectivos do negócio
com a troika e dos objectivos de uma política "over troika",
atingindo claramente o limite do suportável e afectando gravemente as condições
de vida de milhões. Estamos a falar de pessoas, não de políticas ou números, ou
melhor estamos a falar do efeito das políticas na vida das pessoas.
Creio que já ninguém consegue sustentar que este
trajecto nos possa levar a bom porto, está à vista o quanto é insustentável a
insistência neste caminho que já dificilmente alguém na sociedade portuguesa
consegue honestamente defender.
Sabemos todos que eram e são necessários esforços
de contenção e combate ao desperdício e a promoção até ao limite de
racionalidade nas contas públicas, mas este conjunto de políticas está, como
gente de todos os quadrantes políticos defende, para além dos limites do
suportável.
Isto parece-me representar claramente um consenso, como agora se
diz.
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