A divulgação com antecedência do calendário escolar,
incluindo a datas inerentes ao calendário de exames, parece um ganho de
informação e planeamento.
A propósito do que agora foi conhecido algumas notas.
A primeira remete para um problema recorrente, a colagem do
calendário escolar aos feriados móveis que leva a que, mais uma vez, se verifique
uma assimetria importante entre a duração do segundo período e a do terceiro
período pela data em que se comemora a Páscoa. Dadas as características do
trabalho realizado em cada um, sendo que no terceiro é significativamente
contaminado pela preparação para os exames, seria desejável que a duração fosse
mais equilibrada. Esta situação é ainda mais importante considerando a decisão do MEC de criar
um “Novas Oportunidades” para os alunos que chumbem nos primeiros exames do 4º e do 6º o que obriga
a que esses exames se realizem mais cedo, com consequências óbvias no
tipo de trabalho feito nas aulas, a obsessiva preparação para os exames.
Por outro lado, a esmagadora maioria dos pais não tem férias
neste período do ano pelo que para as famílias não teria grande impacto a
existência das férias fora dos dias de Páscoa.
Também não consigo perceber a vantagem de introduzir três
semanas de férias na altura do Natal, parecendo-me, pelo contrário, que um tempo
longo de paragem no final do primeiro período possa ser contraproducente.
Eventualmente, o MEC, para compensar os “destratos” que tem dado aos
professores, lhes queira proporcionar uma “atençãozinha” embora, em regra os
obrigue a continuar nas escolas em tarefas de avaliação ou de natureza
burocrática. Mas não acredito nisto, deve existir alguma outra razão que não
vislumbro.
Finalmente, desejo que o esfoço de planeamento do ano
lectivo se estenda à colocação e gestão dos professores para minimizar o caos e
a deriva a que se assistiu este ano.
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