terça-feira, 1 de dezembro de 2015

POLÍTICAS DE FAMÍLIA? SIM, MAS A SÉRIO

Mães portuguesas que interrompem carreira têm as pensões mais baixas da OCDE

São recorrentes as referências ao inverno demográfico que atravessamos e as consequeências negativas que daí advêm.
Para além de outras dimensões, a promoção de projectos de vida familiar que incluam filhos implica, necessariamente, intervir nas políticas de emprego e protecção do emprego e da carreira e da parentalidade, na discriminação e combate eficaz a abusos e a precariedade ilegal, na inversão do trajecto de proletarização com salários que não chegam para satisfazer as necessidades de uma família com filhos e custos elevados na educação apesar de uma escolaridade dita gratuita, na fiscalidade, por exemplo. 
A questão é que a política que tem vindo a ser seguida não permite acreditar que existam alterações substantivas como se verifica na penalização enorme, a maior da OCDE, das pensões que interrompem carreiras profissionais para acompanhar os filhos.
Por outro lado, é urgente a acessibilidade real (na distância e nos custos) aos equipamentos e serviços para a infância com o alargamento da resposta pública de creche e educação pré-escolar, cuja oferta está abaixo da meta estabelecida.
É uma questão de futuro.

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