sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

DA SÉRIE "METE-ME ESPÉCIE". Médicos pagos à peça

No sentido de evitar a situação catastrófica que se verificou nos anos anteriores em diversas urgências hospitalares com tempos de espera inaceitáveis e com consequências trágicas em alguns casos, alguns hospitais preparam-se para em caso de necessidade pagarem profissionais de saúde um montante extra por cada doente observado.
Sou capaz de compreender que para situações com contornos anormais as respostas poderão ser também de natureza extraordinária.
No entanto, “mete-me espécie” esta ideia de pagar à peça o trabalho de um médico sobretudo em casos de afluência significativa de pessoas ao serviço de urgência. O Bastonário bem tenta minimizar riscos que são óbvios mas não me parece que seja convincente.
Observar e cuidar de pessoas em situação provável de doença sendo pago por cada pessoa observada para uma coisa fora do que se espera ser um serviço de saúde, a relação médico-doente, uma consulta no tempo necessário e não um trabalho em que a produtividade e o pagamento são definidos pelo número de doentes observados, bem ou mal, quanto mais melhor.
Estarei errado?

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