Sobre os rankings escolares já se escreveu imenso. Sobre o seu impacto maior ou menor, sobre a sua construção, sobre própria existência, sobre os seus resultados. Eu próprio já o fiz no Público.
Mas muito mais ainda há, não tanto para escrever, mas, sobretudo, para pensar em termos de política educativa que ao longo de décadas alimenta a situação que os rankings retratam, no que de mais positivo como no que de mais negativo existe. Era este o caminho que mais desejava ver percorrido. É a insistência em políticas que alimentam estes resultados que me preocupa, eles são consequência e não causa e a resolução ou minimização de problemas é mais eficaz e menos onerosa se for centrada nas causas para além de discorrer ou abordar "apenas" as consequências.
Dito isto uma nota final.
Apesar das melhorias evidentes que de uma forma geral se verificam na construção dos rankings, continuo embaraçado com a forma como alguma comunicação social os aborda com referências constantes "às melhores escolas" e às piores escolas". Também continuo embaraçado com a inserção de publicidade a escolas privadas e ao ensino privado nos suplementos dos jornais dedicados aos rankings.
Eu sei que é o mercado a funcionar. Mas também sei que esta situação é um bom serviço prestado aos negócios da educação que se inscrevem, aliás, no caminho de que falava acima.
Para o ano, para o ano depois do próximo ano, estaremos, provavelmente, face a um cenário sem diferenças substantivas apesar do esforço, dedicação e competência da esmagadora maioria dos professores, directores, funcionários das escolas e agrupamentos bem como das capacidades dos alunos e do trabalho educativo das suas famílias.
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