Por aqui no Monte, num dia
lindíssimo e brando como tem sido este tempo olho para a salamandra e hesito.
Acendo-a já? Não, ainda não, só mais logo quando começar a escurecer.
O lume faz companhia e leva-nos
às lembranças.
Há quarenta anos, num dia frio e
de Sol como o de hoje, partiu, cedo demais, um homem bom. Não partiu sem me
mostrar o que nunca pôde ver, sem me ter levado aonde nunca foi.
Tanto que ficou por dizer.
Um dia destes vamos conversar as
conversas todas que não iniciámos e todas as que não acabámos.
Lembras-te Pai?
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