segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

OS PROBLEMAS ESPECIAIS DOS ALUNOS ESPECIAIS

Posso compreender a dificuldade de resposta próxima problemas de maior gravidade e menor prevalência mas não posso aceitar que o direito à educação seja assegurado com este custo para a criança apesar da escola suportar a despesa de deslocação com o recuso a um táxi.
Não vale a pena referir o impacto desta jornada na vida do Diogo que tem sete anos.
Este tipo de situações ilustra uma das consequências da criação de respostas que levam ao acantonamento de crianças com problemas semelhantes no mesmo espaço educativo. Claro que a medida, como sempre, é realizada em nome da inclusão.
Sim, eu sei que fazer chegar à criança um professor especializado e os recursos necessários terão custos elevados mas também sei que os direitos têm custos. Desculpem a pontinha de demagogia mas parece-me mais aceitável que os meus impostos se apliquem no direito à educação em condições de qualidade e não discriminação do Diogo do que em salvar o dinheiro dos grandes depositantes e accionistas do Banif, ou do BPN, ou do …
Nada de novo, na verdade, as crianças com necessidades educativas especiais, as suas famílias e os professores e técnicos, especializados ou do ensino regular conhecem, sobretudo sentem, um conjunto enorme de dificuldades para, no fundo, garantir não mais do que algo básico e garantido constitucionalmente, o direito à educação e, tanto quanto possível, junto das crianças da mesma faixa etária. É assim que as comunidades estão organizadas, não representa nada de extraordinário e muito menos um privilégio.
Como é evidente, em situações de dificuldade económica, as minorias, são sempre mais vulneráveis, falta-lhes voz.
Como sempre afirmo, os níveis de desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como cuidam das minorias.

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