Era uma vez uma Menina. Nasceu
numa família muito pobrezinha mas muito honrada e trabalhadora, era a mais
velha de cinco irmãos de quem gostava muito e ajudava no que podia.
Andou na escola só o suficiente
para fazer a escolaridade obrigatória e aos 16 anos, sem mesmo querer ir para o
Programa Novas Oportunidades nem receber um computador, arranjou um emprego
numa loja de um Centro Comercial para, com o pouco que ganhava e o tanto que
trabalhava, ajudar os pais a criar os irmãos que graças à sua ajuda foram
estudando porque, além de estudantes aplicados, eram muito espertinhos, estavam
numa turma de meninos bons.
O Pai da Menina adoeceu e ficou
tanto tempo numa lista de espera que acabou por deixar de trabalhar sem ter
conseguido a operação, embora ainda tenha escrito ao Sr. Goucha da TVI e ao Sr.
Fernando Mendes da RTP1 para ver se tinha alguma ajuda para ir a Cuba. Acabou
por partir numa noite fria.
A Menina, agora já quase mulher e
muito bonita, ficou ainda mais sobrecarregada para ajudar a Mãe a dar uma boa
educação aos seus irmãozinhos que lhes permitisse ser alguém na vida. É muito
importante ser alguém na vida. Chegou a estar tão desesperada que pensou em
vender o seu corpo, o que de mais precioso tinha. Esta ideia atormentava-a e
consumiu-lhe noites e noites de lágrimas no pequeno divã do canto da marquise
em que já mal cabia, sempre em silêncio para não perturbar os irmãos.
Um dia, entrou na loja onde a
Menina, agora jovem mulher e mais bonita, trabalhava da abertura ao
encerramento, um Rapaz, também ele muito bonito. Foi, por assim dizer, tiro e
queda, ao olhar para a Menina o Rapaz pensou, é Ela.
O Rapaz era oriundo de uma
família muito rica e apaixonou-se na hora, perdidamente. A Menina, primeiro de
forma muito tímida, sabem que os pobrezinhos são desconfiados, depois mais à
vontade e no fim docemente, viu naquele Rapaz o príncipe encantado que aguardava.
O Rapaz começou a levar a Menina,
os irmãos e a Mãe a sua casa que, deve dizer-se impressionou a menina e a
família, tal a sua dimensão.
A família do Rapaz ficou cativada
com a doçura e simplicidade da Menina e da família que sendo pobrezinha parecia
honrada e aceitaram o casamento que passado pouco tempo se realizou com uma
festa muito bonita.
Foram todos viver para um
condomínio fechado, o Rapaz e a Menina tiveram três filhos e foram felizes para
sempre.
PS – A história é assim um bocado
estúpida mas é só para não falar de José Sócrates
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